A todo momento, diversas situações surgem ao mercado gerando transformações na forma como os empresários desenvolvem os seus negócios. A mudança de rotina e a crescente mudança nas demandas sociais fez com que empresas e líderes acordassem subitamente para a urgência dos processos realizados através do mundo digital e do e-commerce. Dessa forma, a discussão sobre disrupção e transformação digital aumentou significativamente nas relações comerciais. Mas você sabe o que esses termos significam?
Disrupção ou Transformação Digital?
A ideia de disrupção foi abordada pela primeira vez pelo cientista e professor da Harvard Business School, Clayton Christensen em 1995, através da Teoria da Inovação Disruptiva. Desde então, o conceito de disrupção tem sido difundido no mundo empresarial, tanto a partir do desenvolvimento de novos estudos acima da disrupção, como na avaliação prática das empresas que sofreram com esse fenômeno.
Assim, podemos dizer que, fazer inovação disruptiva significa inovar de uma maneira nova ou surpreendente ou até mesmo romper com o paradigma atual. Recentemente, com a necessidade de digitalização dos negócios, esse termo passou a ser confundido com Transformação Digital.
Entretanto, ainda que possam ser aplicadas como ideias complementares, a transformação digital e a disrupção são termos totalmente diferentes e devem ser compreendidos para a construção de estratégias consolidadas de inovação, na sobrevivência de um negócio.
A transformação digital nada mais é que a transposição dos sistemas digitais em processos tradicionais, permitindo assim uma maior autonomia e agilidade de atuação. Com a pandemia da Covid-19, por exemplo, os líderes de negócios passaram a enxergar as limitações dos seus sistemas comerciais tradicionais, passando assim a implementar estratégias digitais para a sobrevivência das suas empresas.
Os domínios da transformação digital
Antes de mais nada, precisamos entender que, atualmente, a transformação digital não é uma opção para a estabilidade de uma empresa no mercado, mas sim uma necessidade e urgência nas corporações.
De acordo com David L. Rogers, as mudanças provocadas pelas novas tecnologias exigem que os líderes de negócios estejam mais atentos às transformações do seu nicho de atuação. A todo momento, novas demandas irão surgir com a mudança de comportamento social e para suprir essas exigências, será necessário a aplicação dos sistemas digitais nas mais diversas áreas do mercado.
O estudioso destaca ainda que existem cinco tópicos que, nesse cenário, se tornaram pontos de atenção ainda mais relevantes para a sobrevivência e estabilidade competitiva das empresas: os clientes, a competição, os dados, a inovação e o valor.
Ainda de acordo com Rogers, esses domínios têm a capacidade de transformar as empresas de forma contínua e segura, desde que sejam tratados com o devido cuidado, se tornando assim importantes ativos estratégicos para o negócio.
De maneira geral, isso significa que a corporação passará a ter uma melhor saúde financeira, ganhando flexibilidade e diferenciais competitivos para manter a sua organização em destaque no seu nicho de mercado.
Cenário brasileiro na era das transformações
De acordo com estudos de mercado realizados em meados de 2019 pela empresa CI&T, cerca de 80% dos C-Levels de empresas brasileiras já foram capazes de perceber os impactos positivos e negativos das transformações digitais em seus nichos de atuação.
Entretanto, muitos desses líderes ainda não conseguem implementar essas transformações de forma efetiva em suas empresas sem gerar impactos na sustentabilidade e na eficiência dos seus processos. Por isso, a transformação digital ainda é considerada como um grande desafio da era 4.0, onde nem todos se consideram preparados para aderir às novas tecnologias e investir em sistemas digitais.
Esse cenário de incertezas gera como consequência um retrocesso para o mercado brasileiro. Para o Ranking de Competitividade Digital do IMD, método estatístico para a avaliação de 63 países, o Brasil ocupa apenas a 57ª posição dentre os envolvidos.
Em relação aos setores mais prejudicados, podemos citar o gerenciamento de cidades, as habilidades tecnológicas e digitais, a tecnologia da comunicação e a abertura e gestão de novos negócios.
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